sexta-feira, 31 de março de 2017

Baralha e volta a dar...

Tanto para contar e tão pouco tempo para cá vir...

Vamos então ao início, ontem lá fomos à nossa consulta no CMIN. Há 6 meses que me preparava para ela, há seis meses que me preparava para uma FIV com esperma de dador e a 2 dias da consulta toda esta preparação foi-se...

O meu marido tem Síndrome de Kallmann, não me vou alargar na explicação da doença mas basicamente não produz espermatozóides. Já tinha sido visto por vários endocrinologistas e todos diziam o mesmo, não conseguirá nunca ter espermatozóides. Uma endocrinologista tinha até sugerido uma cirurgia para retirar os testículos e colocar umas próteses, porque com esta doença aumenta a probabilidade de ter cancro...

Quase há um ano atrás tinha feito uma publicação no fórum de mãe para mãe sobre esta doença e na altura, as poucas pessoas que responderam, nada sabiam ou podiam ajudar neste assunto. Fizemos alguma pesquisa sobre o assunto, sabíamos que existia uma remota possibilidade de tratamento mas os médicos que nos viram sempre disseram que no caso do meu marido nada havia a fazer.

Já eu não me lembrava desta publicação quando, a dois dias da minha consulta, vejo uma resposta da A. Depois de várias mensagens trocadas com a A. que foi de uma bondade e disponibilidade como não há muito, muito obrigada A. mais uma vez, percebi que o marido da A. tem exactamente a mesma doença que o meu marido, exactamente o mesmo quadro tudo tudo igual e que, com tratamento, conseguiu produzir espermatozóides! 

Isto veio baralhar todas as nossas contas...
Se até àquela data avançar para o dador era a nossa opção, com aquelas informações não o podíamos fazer sem pelo menos questionar a médica no CMIN sem pelo menos tentar perceber se havia mais alguma coisa a fazer.

Fomos então à consulta com a Dra. Susana que começou logo a consulta a falar da FIV e do dador, quando o meu marido lhe perguntou se não haveria outras opções ela olhou para nós com o ar mais espantado do mundo. Disse-nos então que aquela era a informação que tinha do hospital e que, sendo o hospital de onde nós íamos, um hospital de referência ela não punha em causa a opção do endocrinologista de lá. Lá lhe falamos de tudo o que tinha acontecido de tudo o que tínhamos acabado de ter conhecimento e ela foi um doce, disse que percebia perfeitamente, que achava bem ouvirmos então a opinião do andrologista do CMIN e que então depois se escolheria o caminho a seguir.

Ficamos então com consulta marcada para Andrologia para dia 18 de Abril e só depois saberei mais...
Neste momento estamos cheios de esperança mas ao mesmo tempo cheios de medo de andar a perder imenso tempo e dinheiro em algo que pode vir a não dar nada. Por outro lado nunca conseguiríamos avançar sabendo que não tínhamos tentado tudo! 

E pronto, voltamos a estaca zero que é como quem diz voltamos à espera... 

terça-feira, 14 de março de 2017

Fugi mas não Morri



Desapareci por uns dias...

Estou assoberbada de trabalho, a vontade de aqui vir foi esmorecendo e na verdade senti que não tinha muito para contar.
Faltam duas semanas para a consulta e só ontem, por insistência do meu marido, voltei a pensar no assunto. Pois que vou estar menstruada no dia da consulta e por isso mesmo acho melhor levar a endovaginal já feita. Ontem marquei e quinta feira já trato disso. 
Em relação à minha tiróide tudo na mesma, a medicação não me causou qualquer sinal ou sintoma, esta semana também farei novas análises para ver se está tudo estabilizado.
Soube por outra menina que também anda no CMIN que está tudo muito atrasado, ela teria tratamento para Março mas já foi adiado, vou já mentalizada que terei muito que esperar.

Sinto que fiz uma pausa disto tudo e que agora vou retomar este assunto. Felizmente a vida não é só a infertilidade e há tanta coisa a acontecer que isto vai ficando meio esquecido...

Assim que tiver novidades volto :)