Efetivamente naquela noite não se deu nadinha. Dormi o que consegui e bem cedo já estava acordada. Por volta do meio dia fizemos a primeira indução. Comprimidos introduzidos ordens para me deitar durante 2h e depois disso caminhar muito. Quando me levantei para dar inicio à s belas das caminhadas sempre no mesmo corredor, era um fanico de grávidas umas para lá outras para cá, já fazÃamos piadas umas com as outras e os maridos também interagiam :) criou-se um ambiente muito agradável. Passado pouco tempo os comprimidos saÃram inteirinhos. Chamei a enfermeira expliquei o que tinha acontecido e ela disse que dali a pouco me levava novamente ao médico que entretanto já era outro, no caso outra, pois o turno já tinha mudado. As 17h lá fui chamada para nova indução e minhas belas amigas que indução... Não sei bem o que a médica fez com as suas mãozinhas mas em 30 minutos comecei com contrações de 2 em 2 minutos. As 19h passou o jantar e eu já não consegui comer. Entretanto veio o anestesista que colocou um analgésico para aliviar a dor mas que não surtiu efeito nenhum. As 23h já chorava de dores e quando a enfermeira me viu agarrou-me por um braço e levou-me para a sala de partos, deu-me um pequeno raspanete por estar a sofrer e por não ter chamado por ela. Apanhei profissionais do melhor não tenho uma única crÃtica a apontar, fizeram de tudo para eu não sofrer e, se o parto não correu tão bem como esperado, não foi mesmo por falta de atenção ou cuidado, foi mesmo uma me#d@ de um azar atrás do outro.
As 23h levei a primeira dose de epidural e azar dos azares continuei com dores, as dores eram nas costas e segundo o anestesista 1 em cada 20 mulheres a epidural não pega e quando a dor é nas costas muitas vezes não há forma de resolver. Ele saiu da sala e eu chorei muito, porque raio tinha eu de ser aquela 1 em 20... Das costas as dores passaram para a anca direita, sempre que a enfermeira passava, e foram muitas vezes, reforçava a epidural e eu nada de melhorar. As 2h da manhã achou que aquilo não fazia sentido nenhum e chamou novamente o anestesista ele pediu para ver o cateter e surpresa das surpresas a porcaria do cateter tinha deslocado e daà não me estar a fazer efeito. Cateter recolocado, com muita dor à mistura, e felizmente veio o bendito alÃvio. Consegui dormitar depois disso. Ainda assim, por motivos que ainda hoje não consigo explicar, o parto não se dava... A dada altura perdi as forças... Era um entra e sai de gente. Às 14h do dia 25 ela ainda não tinha nascido. As memórias que tenho daquela parte final do parto já são meio difusas tal era o cansaço. Sei que me fizeram uma episiotomia e finalmente ela nasceu :) Não senti logo o alÃvio que toda a gente descreve, só quando saiu a placenta fiquei aliviada.
Contrariamente a tudo que tinha sonhado não fiquei emocionada nem apaixonada no primeiro minuto...
Até ouvir o choro dela fiquei aflita e só dizia ela não chora ela não chora. Assim que ela chorou e me disseram que estava bem eu desliguei dali. Puseram-na no meu colo e teve quer ser a enfermeira a colocar os meus braços por cima dela. A exaustão era de tal ordem que eu não conseguia reagir... Foi a enfermeira que a colocou na mama mas rapidamente desistiu e disse que tentarÃamos mais tarde. Pedi ao meu marido para cancelar todas as visitas que pudessem estar a chegar e fiquei só a recuperar.
Lembro-me perfeitamente do momento em que aquele amor avassalador chegou... Consegui descansar, deram-me de comer e assim que me passaram para a cama puseram-me aquele pequeno embrulho nos braços. Lembro-me de a agarrar e pensar é minha, este pequeno ser é meu e eu já amo com todas as minhas forças <3
Como o meu marido disse, naquele dia a frase "por um filho mato, por um filho morro" ganhou todo o sentido!
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